Mitos e Verdades sobre Vasectomia
Saiba quais são os mitos ligados à vasectomia
Ao contrário do que se imagina, a cirurgia pode também melhorar a vida sexual do casal, que deixa de se preocupar com uma gravidez indesejada.
Aproveitar a vida sexual, sem se preocupar com uma possível gravidez indesejada, é o desejo de muitas pessoas. Para se livrar desse medo – o qual pode influenciar negativamente no momento a dois -, a vasectomia pode atuar como a solução para as noites do casal. No entanto, mesmo sendo um procedimento simples, acaba sendo motivo de diversas dúvidas, que envolvem inseguranças com o desempenho sexual e à própria saúde do homem.
A cirurgia é simples, não exige internação e muitas vezes são feitas em consultório. Como a anestesia é local, o paciente fica acordado durante o procedimento. Os riscos são baixos e, embora raros, existem casos de hematomas e infecções. O objetivo da vasectomia, é interromper a passagem dos espermatozóides do testículo para o líquido seminal ejaculado.
Por se tratar de um procedimento simples, o pré e pós-operatório não são tão complexos. Antes da cirurgia não se deve fazer grandes refeições, devido à anestesia, e, na sala de cirurgia, é feita a raspagem dos pelos. Recomenda-se que ano dirija no dia da cirurgia. Quem faz esforço físico no trabalho deve ficar afastado das atividades por dez dias; do contrário, três dias são suficientes. Gelo no local e uso de suspensório escrotal são importantes para evitar edema na região operada.
1. A vasectomia é irreversível.
Mito.
Existe um procedimento, chamado reversão de vasectomia. A cirurgia feita em até dez anos após a vasectomia tem mais chances de sucesso na tentativa de ter mais filhos, porque depois desse período, a chance é pequena, já que o canal por onde sai o espermatozoide acaba entupindo.
2. Após a cirurgia, ainda há risco de gravidez.
Verdade.
Após a cirurgia, esse risco existe. O paciente só pode voltar a ter relações sexuais cerca de sete dias após a vasectomia, mas vale lembrar que é importante manter um método anticoncepcional até a liberação do seu urologista, pois, após o procedimento, alguns espermatozoides podem permanecer vivos no canal deferente que chega ao pênis. Em um período entre 30 e 60 dias depois da vasectomia, deve-se realizar um espermograma para constatar a ausência dos espermatozoides e o sucesso do procedimento.
3. A vasectomia compromete a ejaculação.
Mito.
Os testículos continuam a produzir espermatozoide, sendo reabsorvido no próprio testículo, portanto você ainda ejacula após a vasectomia, aproximadamente a mesma quantidade de líquido seminal.
4. A vasectomia afeta a masculinidade do homem ou a ereção.
Mito.
Não existe nenhum prejuízo com relação à potência ou desempenho sexual. A vasectomia consiste na interrupção de um canal na bolsa escrotal, muito longe dos nervos e artérias que são responsáveis pela ereção. O pênis e os testículos não estão diretamente envolvidos no procedimento e, por isso, não há interferência no prazer sexual.
5. A vasectomia prejudica a libido masculina.
Mito.
Não muda nada. Existem estudos que dizem até que ela melhora a perfomance sexual, pelo fato de o homem se sentir mais livre, menos preocupado com a gravidez. É uma questão bem ligada à parte emocional.
6. O câncer de próstata está ligado à vasectomia.
Mito.
Esta era uma grande preocupação, quando a cirurgia começou a ser feita, há cerca de 20 anos. Isso porque se acreditava que, como o espermatozoide continua sendo produzido, poderia se acumular e prejudicar de alguma forma. Estudos feitos com milhares de homens mostram que essa relação não existe.
7. A cirurgia é dolorida.
Mito.
A vasectomia é realizada na maior parte das vezes com anestesia local o que gera uma dor leve durante a aplicação do anestésico. Com isso, cada paciente apresenta sensibilidade diferente, mas a maioria considera a dor leve e tolerável.
8. Doenças do coração e obesidade podem resultar da vasectomia.
Mito.
A vasectomia não está relacionada com nenhum destes dois problemas. Pacientes que se submetem à vasectomia não têm a parte hormonal influenciada.
9. Após fazer a vasectomia, os homens sentem dor no pênis ao fazer sexo.
Mito.
O pênis não está envolvido diretamente nesse procedimento cirúrgico, por isso não ocorre nenhum corte que possa causar qualquer sensibilidade no órgão sexual masculino. No momento de uma relação sexual não haverá nenhum tipo de dor peniana. Em alguns casos raros, pode ocorrer dor testicular nos primeiros meses, mas que é controlada com remédios e, com o tempo, acaba sumindo de vez.
10. O tamanho do pênis sofre alteração depois da operação.
Mito.
Como o pênis não está envolvido diretamente neste tipo de procedimento cirúrgico, não existe a possibilidade de algum corte causar qualquer alteração no comprimento do órgão sexual masculino.